Não leio jornais e nem vejo tevê, para
não ficar irado, porém, tem coisas que às vezes chama a atenção por ser
insólita, como o fato do prefeito de Barra Bonita vender a “história da
cidade”, de acordo com o site da Vector News. Quando soube, levei um susto.
Como vender a história de uma cidade? Como Zequinha conseguiu essa façanha? Fui saber que se tratava de vagões de trem já deteriorados, que haviam sido
doados anos atrás pela Associação de Ferroviários da Fepasa ( a mesma que havia
cedido a Maria Fumaça para o prefeito De Luca, que teve pelo menos duas idéias
geniais, mas não pode realizá-las). A locomotiva ficou abandonada nas
administrações seguintes à de De Luca e os ferroviários vieram
buscá-la, deixando dois vagões para a extinta Legião Mirim. Os vagões seriam
usados como salas de aula para os legionários, conforme me contaram na época. Com o fim da entidade legionária, os vagões ficaram
abandonados e foram se deteriorando. O prefeito atual não teve culpa disso, mas
talvez pudesse restaurá-los. Porém, existem variáveis na política que nem Freud
explica. Ficaria cara a restauração? O objetivo turístico, no caso, valeria a
pena? Seria necessária a assessoria técnica da Associação dos Ferroviários? Sei lá, acho que tudo isso contou para o
prefeito José Carlos Ricci vender pelo melhor preço...E, concluindo, quem
garante que aqueles vagões eram os mesmos vagões da velha locomotiva 205? Esta
sim, memória histórica da nossa cidade. Eu acho, no meu entender, que a culpa cabe a administrações
passadas, que não tiveram visão para preservar os vagões, que de uma maneira ou
outra, eram peças históricas.
Na foto acima, de acordo
com o site Estações Ferroviárias, os históricos vagões que circulavam em Barra
Bonita e adjacências. A foto abaixo é a da nossa querida e inesquecível Maria Fumaça...
Sergio Ferraz
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