Ideias Incríveis!

Ideias Incríveis!

Translate

26 de ago. de 2012

23 de ago. de 2012

Um poeta querido Douglas Segantin


Nascido na cidade de Jaú, no dia 28 de maio de 1983,  mudou para Dois Córregos no ano de 1986. Apaixonado pela poesia é um eterno sonhador, ele é adorado por todos onde passa. Exemplo de superação, é um jovem que deve ser admirado e muito respeitado  pelo seu trabalho.
Membro da Academia Jahuense de Letras, o poeta
tem até agora cerca de 20 livros já editados.

Abaixo uma das poesias de Douglas

Sabe De Onde Venho? DE 1.983
Venho de longe
do sítio venho das colinas
verdejantes.

Venho da cidade de Jaú
cidade vizinha daqui
venho de um tanto longe
venho de 1.983.

Saudade da praça da república
do meu velho amigo velotrol
eu venho de um tanto longe,
venho de 1.983.

Venho de um tanto longe
venho de 1.983
venho das chuvas de verão
venho de um tanto longe.

Do meu jipinho preto
venho de 1.983
tio Carlos meu velho amigo
venho de 1.983.

Eu vim uma vez
da cidade de Carlópolis no Paraná
no meu chevette preto de 1.981
venho de 1.983.

Venho do vento no rosto
de vovó levando-me á fisioterapia
venho de um tanto longe
venho de 1.983.

16 de ago. de 2012

Romeiro incerto


Minha alma é como um deserto,
Por onde o romeiro incerto
Procura uma sombra em vão,
È como a ilha maldita
Que sobre as vagas palpita 
Queimada por um vulcão.
                Fagundes Varela

13 de ago. de 2012

Star Forever - Sergio Chapelin

Dois pequenos trechos do programa Show Sem Limite, apresentado por Sérgio Chapelin em sua curta passagem como animador de auditório pelo SBT, em 1983, entrevistando Mara e Gugu. No ano seguinte, Sérgio retornaria à Globo.





Star Forever - Silvio Santos


11 de ago. de 2012

Thriller gaúcho

 O divertido Guri de Uruguaiana e seu escudeiro
Licurgo em mais uma divertida performance

 

Guri de Uruguaiana e e seu fiel amigo Licurgo em uma homenagem ao Michael Jackson. A canção, como sempre, é o Canto Alegretense, de Neto Fagundes. Alegrete, RS, é a terra de Mario Quintana e outras grandes personalidades.

10 de ago. de 2012

Oração à Luz


Cândida luz estrela matutina,
Lagrima argêntea na amplidão divina,
Abre meus olhos com o teu olhar!

Viva luz das manhãs esplendorosas,
Doura-me a fronte, inunda-me de rosas
                        Para cantar!

Luz abrasando, crepitando chama,
Arde em meu sangue, meu vigor inflama,
                     Para lutar!

Luz das penumbras, a tremer nas águas,
Lagrima argêntea na amplidão divina,
                   Para sonhar!

Luz dolorosa, branda luz da lua
Embala, embebe a minha dor na tua,
                 Para chorar!

Luz das estrelas, vaga luz silente,
Cai dos abismos do mistério ardente,
Chora calvários infinitamente,
              Para eu rezar!

             E cantando,
             E lutando,
             E sonhando,
             E chorando,
             E rezando,

Faze da cega luz que me alumia
A luz espiritual do grande dia,
A luz de Deus, a luz do amor, a luz do bem,
A luz da glória eterna, a luz da luz, amém!
                                    Guerra Junqueiro



7 de ago. de 2012

Aconteceu em Jaú - Pulguéria, Bita e o Brucutu


  Era dezembro de  1970. Em Jaú o relógio marcava 17h30 na casa do seu Frumêncio. Esta estava em festa, com a presença das irmãs, cunhados e sobrinhos de Pulguéria. Faziam ponche, abriam cervejas e vinhos, enquanto as irmãs preparavam variadas porções. Era um começo de noite fresca, de lua cheia e Pulguéria começou a bebericar o ponche. Ia para a rua, conversava com as amigas que estavam na frente da sua casa, voltava e bebericava o ponche disfarçadamente, e assim fez várias vezes, sem que ninguém desse conta, tal era o falatório.
Na rua, Pulguéria, com um olhar perdido, comentou com sua irmã Fiameta:
- Bem que o Bita podia estar aqui...
Sua irmã nada respondeu e ela entrou e bebericou mais um pouquinho do ponche, enquanto a familía se distraia entre o maior falatório. As luzes da Avenida Frederico Ozanan foram acesas, e Pulguéria continuou naquele entra e sai.
Logo começou a se atrapalhar com as palavras, quando convidou os amigos:
-Vamos brincar de na mula...uma mula, mula uma...sei lá, vocês entenderam, né?
Todos se olharam, já vendo que Pulguéria não ia conseguir pular ninguém. De repente ela segurou no portão e começou a gritar, para espanto de todos:
- Eu quero o Biiita!... Bitaaa! Vem aqui Bitaa!!
As jovens conheciam o tal Bita, mas ele não dava bola para Pulguéria, pois era bem mais velho e
ela era apenas uma adolescente de 14 anos de idade.
- Pára de gritar! - Aconselhou Frideberto, primo de Pulguéria - Senão seu pai vem aqui! Páara!...
Mas Pulguéria não dava ouvidos, e começava novamente:
- Bitaaaaaa! Ei, Bita... eu quero o Biiiitaaaaa!!! Vai buscar o Bita!
O ponche já tinha feito seu efeito devastador sobre a enamorada Pulguéria.Tentaram tapar-lhe a boca, mas ela escapava; tentaram puxá-la para longe da casa, mais ela voltava e agarrava no portão e gritava alto, bem alto...
-Bitaaaa! Vem aqui Bitaaaa!!!!
A gritaria da menina causou um grande silêncio dentro da casa do seu Frumêncio, já que pararam o falatório e risos para escutar os gritos que vinha da rua. Quem estaria gritando tanto? Seu Frumêncio logo percebeu quem era a dona daqueles gritos. Tirou o cinto, dobrou-o e saiu com ele na mão, soltando fumaça pelas ventas. Atrás dele seus genros e filhas e sua esposa dona Evermonda, tentando acalmá-lo.
- Vou acabar já com essa gritaria, com essa palhaçada! Tá vendo o que dá fazer tudo que criança quer? - Reclamava seu Frumêncio - quando pediu a boneca Blá -Blá, fui correndo comprar; depois quis o boneco Blim- Blim,  lá fui eu...Não contente, quis o anel Brucutu do Roberto Carlos! Olha o que deu o anel "é uma brasa mora"...Olha! Isso é uma brasa mesmo!

 
Concluindo as reclamações, seu Frumêncio olhou para Pulguéria, cerrou os dentes e mostrou o cinto dobrado:
- Olha aqui o Bita! Você quer o Bita? Olha aqui ele!
E deu-lhe uma cintada nas pernas.
Pulguéria chorando, repetiu baixinho:
- Quero o Bitaaa...
Em minutos ela foi arrastada para dentro da casa para a tristeza de suas amigas da rua. O ponche ainda não havia acabado, mas a festa já havia acabado para Pulguéria.
E os anos passaram, muitos e muitos, e Pulguéria, por ironia do destino, acabou indo morar numa cidade chamada Barra Bonita aonde existe um bairro na entrada da mesma, conhecido por todos pelo nome de  "Bita". É mole?!

Nota do Blog: O “anel Brucutu” foi uma febre criada pela Jovem Guarda. Rapazes e moças achavam o máximo usar um anel enfeitado com o tal Brucutu, que era uma peçinha do Fusca, responsável por esguichar água no para-brisa. A peça tinha o autoexplicativo nome técnico de “bico ejetor de água para o para-brisas”. O apelido, claro, veio da música Brucutu, de Roberto e Erasmo Carlos.

    

6 de ago. de 2012

Jardins...

 
  Entre os salgueiros e os chorões, fronteiros aos pequenos prédios, cobrindo  de luz  verde as fachadas, refletindo-se em mais verde na água do canal,  no espelho da vidraça e no dos espiões, correm pequenos jardins comedidos em  largura  pela frontaria  das casas, e  tendo no centro uma ou outra casa reduzida, algumas vezes também envidraçada e servindo de galinheiro. São parquezinhos microscópicos, de bonecas, em que se condensam por abreviatura todas as fantasias dos jardineiros  paisagistas, o outeirinho onde campeia sobre talude verde um moinhozinho de dois palmos de altura, o caramanchão, para dentro do qual só se poderá entrar de gatas, com a sua competente cúpula em flecha,  terminando por um pequeno globo de espelho,  o mastro embandeirado do tamanho de uma bengala, a flexuosa avenida ensombrada por dois renques de repolhos, e na qual os pés do castelão só cabem um adiante do outro, o alecrim talhado em obelisco, cobrindo protetoramente a plataforma central como o velho cedro gigantesco do sítio, no lago às vezes vogam duas embarcações de lata ou de cortiça,  mas onde os marrecos só entram revezadamente,  por não caberem doutro modo,  um a um,  e,  finalmente, o pagode indiano ou quiosque chinês das dimensões de uma gaiola de canário, em cubos decrescentes de baixo para cima, desde o tamanho da rasa até o tamanho do meio salamim, com ângulos recurvos e um chocalho pendente de cada ângulo. Ao fundo dos jardins passa, em linha reta, como sempre, a fita do canal. Depois a outra fileira de jardins e os prédios da outra banda, Nos canais mais estreitos, onde seria impossível fazer manobrar uma bateria, o habitante serve-se,  para  atravessar a  rua por cima da água, de uma prancha que faz ponte, e que ele rejeita para a margem de que saiu, depois de ter passado para a margem oposta.
                                                                                                                Ramalho Ortigão
                                                           

3 de ago. de 2012

Jerry Lewis - Um gênio da Comédia

 
Jerry Lewis, nasceu na cidade de Newark, Nova York, em 16 de março de 1926. Sem dúvida um dos maiores comediantes de todos os tempos, além de produtor, ator, diretor,  cantor, escritor. Iniciou sua carreira artística como parceiro de Dean Martin, formando a dupla cômica que faria grande sucesso no cinema internacional.                                                                           

 
Making off - O grande astro do humor e os erros de filmagem

I'am not dog no - O rei da música brega

Waldick Soriano
Nascido em Caetité, na Bahia, filho de Manuel Sebastião Soriano, comerciante de ametistas no distrito de Brejinho das Ametistas, Waldick Soriano (1933-2008) deixou sua cidade natal tomando o destino da maioria dos cantores sertanejos da época, para tentar a vida em São Paulo. Mas antes de ingressar na carreira artística, trabalhou como lavrador, engraxate e garimpeiro. Apesar das dificuldades, conseguiu se tornar conhecido nos anos 50 com a música "Quem és tu?".
Ele se destacava por suas canções sobre dor-de-cotovelo e seu visual revolucionário para a época: sempre usava roupas negras, óculos escuros e chapéu. Num dos programas do apresentador Jô Soares, o músico baiano Ubirajara Penacho dos Reis - Bira - declarou que nos anos 60 tocava apenas os sucessos de Waldick. E é a pura verdade, pois no final da década de 60, o que mais se ouvia nas rádios era a música Paixão de um Homem, um dos grandes sucessos do cantor.
Outro sucesso de Waldick Soriano, a música Eu Não sou Cachorro Não, seria regravada mais tarde pelo cantor-humorista Falcão, num inglês macarrônico sob o título I dont`not Dog No. Em 2007, um ano antes da morte do cantor, a atriz Patrícia Pillar dirigiu um documentário sobre ele, com o título de Waldick, sempre no meu coração...

1 de ago. de 2012

O Tesouro da Gruta Do Corta Rabicho

Dona Victoria Domingues, nasceu na fazenda Lageado, de propriedade de seus pais, sempre ouvindo da peonada as estórias mais assombrosas, entre suas idas e vindas tangendo gado pelo sertão.
O Tesouro da Gruta do Corta Rabicho é uma delas...
Jandiro, um mocetão garboso que era só valentia, não largava do pau-de-fogo, pois quem andava pelo estradão sobre um arreio, só tendo os bois como companhia, podia topar com ladrões e por isso tinha de andar prevenido. Um dia Jandiro encilhou a besta e foi arrastar as asas em Anhembi. A noite ficou  mais pesada e a peonada ficou preocupada . 
Afinal, já era hora do terror fazer tremer o homem e nada de Jandiro.
O boiadeiro Antonio Miciano chamou os tangerinos para ir à sua procura, quando ele chegou, sem a besta.
- Cadê a montaria? - Quis saber Tiburcio. E Jandiro explicou:
- Eu estava perto do pau d' alho, quando vi uma cabeça de fogo vagando pelo areião. Era o Cumacanga, cabeça de fogo que vaga pelas estradas à noite. È a alma de um ladrão que em vida escondeu um tesouro e ele precisa indicar onde o tesouro está, para descansar em paz.
A cabeça de fogo se aproximou e eu fustiguei a besta, que refugou e me jogou de encontro a uma cerca de
  arame farpado. O Cumacanga clareava, enquanto eu tentava me soltar do arame. Livre, agradeci e ele contou que escondeu muito ouro, produto de roubos, na Gruta do Corta Rabicho, lá na Fazenda do Antonio Domingues.
No dia seguinte o assunto na fazenda era o tal tesouro.
Na boca da noite, no meio de grande barulho, portanto lampiões, enxadas e pás, peões e suas mulheres e crianças se dirigiram até a Gruta do Corta Rabicho, em busca do tesouro.
Quando chegaram perto do Ribeirão Corta Rabicho, eles foram tomados de grande pavor.
Uma explosão então, vinda da gruta, iluminou a estrada com o clarão de uma bola de fogo. Era  a Mãe do Ouro que protegia o tesouro da gruta.
 
 A bola de fogo tomou forma de uma mulher, que incendiou o próprio corpo e se lançou sobre a caboclada atirando bolas de fogo. 
Foi um" Deus  nos acuda ", um corre-corre danado. Chamuscados pelas chamas, mas são e salvos, os cablocos voltaram para casa, como um tiro, sem olhar para trás.
Totó Luiz, que não podia ver defunto, sem chorar, comentou : - Isso acotenceu para vocês aprenderem a não desenterrar coisas do esquecimento.
Tempos depois, uma estrela cadente caiu sobre a gruta, com grande estrondo, soterrando o tesouro para sempre. Terminado o relato, dona Victoria se calou, triste com a lembrança de Jandiro e dessa aventura, Jandiro era seu marido...
                                                           Ademar Roberto Silva ( do livro  Das Barrancas aos Paralelepípedos )
      

Star Forever - Tony Ramos