Ideias Incríveis!

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6 de jun. de 2012

Aconteceu em Jaú - Pulguéria no Grêmio Paulista










Era sábado, numa quente tarde de verão, Berítola esperava as amigas para se prepararem para ir na Brincadeira Dançante do Grêmio Paulista ou do Aero Clube. Ela e suas amigas iam decidir isso depois...  Chega Pulguéria, Agnolella e Analberga e começam o ritual: escolhem o traje, trocam peças de roupa entre elas, uma ajuda a outra a se maquiar. Pulguéria era a mais novidadeira, sempre inventando alguma e, dessa vez,  se superou. Querendo ficar mais bonita que as amigas secou os dentes com uma toalhinha e passou base de unha para que eles ficassem mais brancos e brilhantes. Nos lábios queria algo também que brilhasse, e não teve dúvidas: o mesmo esmalte das mãos serviriam para os lábios e assim fez. Secou bem os lábios e passou Amor Perolado (nome do esmalte) que era vermelho e brilhante, combinando com a rosa que ela trazia ao pescoço.
  Berítola ficou boquiaberta, pois achou toda aquela parafernália linda, e sentiu-se insignificante naquele momento...O tempo foi passando naquela arrumação, já se aproximando das vinte horas. Elas tinham que correr, para não chegarem atrasadas ao clube.
Analberga era a única que tinha um namoradinho. Era o Saledino e iam se encontrar no clube. Pouca bebida, efeitos de luzes na pista enfeitada com bolas giratórias  revestidas de cacos de espelho. Aquelas luzes na pista faziam as jovens parecerem mais loiras, mais adultas, e o batom da  Pulguéria mais brilhante e lindo!
Depois do reconhecimento geral dos presentes, Berítola e suas amigas ficavam andando em volta da pista de dança, até a banda começar a tocar as músicas mais lentas. Enquanto Berítola foi até a sacada apreciar a noite jauense, os casais iam rapidamente para a pista, inclusive Analberga e Saledino. Com a empolgação causada pela música romântica e as cores vibrantes das luzes, Saledino e Analberga iam se aproximando, aproximando até os corpos de ambos ficarem colados. Embalados pelo som da música, as bocas dos dois jovens se colaram, como se alguém as tivesse unido com Superbonder...
Os coitados não sabiam que iam pagar o maior "mico", pois o segurança do clube chegou e, sem mexer um só músculo da face, olhar e rosto impassíveis, desceu as escadas acompanhando os jovens ao andar térreo. Era o final de tudo. Os dois beijoqueiros estavam fora!
Pulguéria, como se fosse uma repórter da Radio Jauense, veio correndo até a varanda contar o acontecido a Berítola. Esta olhou para Pulguéria e constatou  que seu batom, quero dizer, esmalte, estava  todo rachado e já descolando da sua boca, e desatou em risos.
Pulguéria, nervosa pelo seu plano de "miss Jaú" ter ido água abaixo, começou a cuspir pedacinhos  da base que passara nos dentes. Ainda bem que já estava perto da meia- noite,  hora do término da desastrosa brincadeira dançante. Teriam que esperar  mais uma semana para poderem voltar ao clube.
Berítola, Agnolella, Analberga, Saledino e Pulguéria voltaram para casa achando tudo uma droga! Assim era naquele tempo, e assim foi o ocorrido, pois como sempre escrevo, isso aconteceu em Jaú!


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