O semeador
- " Não semeeis à beira dos caminhos
Ou sobre o pedregal ao sol fremente,
Nem consintais que a vívida semente
Role de vossas mãos entre os espinhos.
A prudência constante da serpente
Tende ao plantar, temei os passarinhos,
O sol de fogo, a inveja dos vizinhos
E a maldade do joio impertinente.
Plantai em boa terra, e grande messe
De frutos havereis". O mar cantava,
Múrmuro, leve, em trêmulos de prece.
Floria a terra virginal e mansa...
Na alma da multidão Jesus plantava
A semente do amor e da esperança.
Durval de Morais
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